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Eu, que nunca tive a vida mansa, canto na ânsia de amansar a vida...

09/09/2016

O que eu sinto é tão denso
Quanto a demografia de São Paulo.
Ou da Praia Grande, num feriado prolongado.
Mas sigo, letra a letra,
O silêncio que me morde o peito,
Aqui, do alto dessa timidez ridícula
Sendo poema de interpretação difícil.
Aquariana cheia de vícios
De linguagem e sinais ocultos
Rimando o verso com o avesso
De quem se despe pra se esconder
Moço,
Há amor como há mágoa.
E essa água salgada
Não combina com meu coração nu.
Exposto.
Aposto que já percebeu,
Não é de hoje
seus olhos habitam
Os resquícios de sonhos bonitos
Morando no meu silêncio.

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