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Eu, que nunca tive a vida mansa, canto na ânsia de amansar a vida...

27/01/2017

Meu corpo é um universo. Um poema denso. 
Tecido, 
dor 
e palavra. 
Há nele o silêncio do verbo negado. E o grito da liberdade, sempre por um tris pra ser. 
Meu corpo tem as marcas de muitos tombos. 
Não é fácil ter equilíbrio quando se tem as pernas tortas e o coração ferido. 
Mas me permiti 
reerguer. 
E ainda que durante anos haja pedaços do meu peito por aí, vou juntando. 
Coração eu tenho mais que dois. 
Neste e em outros planos. 
Tá provado, 
porque eu tô viva.

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