Meu corpo é um universo. Um poema denso.
Tecido,
dor
e palavra.
Há nele o silêncio do verbo negado. E o grito da liberdade, sempre por um tris pra ser.
Meu corpo tem as marcas de muitos tombos.
Não é fácil ter equilíbrio quando se tem as pernas tortas e o coração ferido.
Mas me permiti
reerguer.
E ainda que durante anos haja pedaços do meu peito por aí, vou juntando.
Coração eu tenho mais que dois.
Neste e em outros planos.
Tá provado,
porque eu tô viva.
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